terça-feira, 1 de março de 2011

Classes C e D: Um mercado de R$ 834 bilhões | Consumidor Moderno

Classes C e D: Um mercado de R$ 834 bilhões | Consumidor Moderno

Melhores Práticas

Escrito por Marcelo Brandão

Buscando fornecer informações para quem quer inovar em seu modelo de negócio e passar a vender mais e melhor para a base da pirâmide consumidora do País - com resultados efetivos e sustentáveis – o 1º Congresso Nacional sobre Mercados Emergentes 2010 busca revelar um “Brasil de verdade”.

Realizado e organizado pelo Data Popular e pelo SIQ MKT, com apoio da Consumidor Moderno, entre outros, o evento reforça uma realidade de mercado: as classes C e D passaram de nicho à maioria em pouco menos de uma década. Um mercado que movimenta hoje R$ 834 bilhões.

“A conquista da casa própria, a compra do carro e a universidade, não são mais sonhos distantes. São metas. Objetivos planejados e perseguidos com afinco por um brasileiro que sabe com clareza que agora ele pode muito mais do que antes”, destacou Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular, na abertura do Congresso, no dia 9 de novembro, no Hotel Renaissance, em São Paulo.

Meirelles pontuou o poder de compra da classe C e D; a valorização das marcas por esse consumidor; sua divulgação “boca a boca” - que garante mais fidelidade do que qualquer propaganda apelativa; e seu caráter empreendedor.

O “Brasil de verdade”, segundo Meirelles, está na periferia. É de lá e para lá é que convergem hoje grandes investidores do varejo. Mas não basta chegar e se instalar ali. Um estudo minucioso deste território e de seus consumidores é fundamental para o sucesso do negócio.

“Esse consumidor é singular devido a todo o contexto em que ele vive. A propaganda deve ser diferente, os códigos são outros. Há mais fidelidade quanto o produto é de qualidade e ele não se importa de pagar um pouco mais por isso. Na verdade, o que esse consumidor quer é preço justo e qualidade. Consumir para ele é investimento”, destacou Meirelles.

A receita para o sucesso de quem quer vender e dialogar com esse “novo consumidor”, está na inovação tecnológica e na propaganda. Para Meirelles inovar é criar valor.

“Hoje as empresas devem entender que só se ganha quando todo mundo ganha. Esse consumidor das classes C e D não querem mais produto baratinho, querem qualidade e pra isso as empresas têm que investir em tecnologia também. A propaganda para ele, acima de tudo, deve conter identificação e valorização de sua classe social”.

Diante de um consumidor com características tão particulares, realmente a propaganda tem que saber vender muito bem para esse público.

Num passe de mágica

Foi com uma análise apurada do consumidor e uma pesquisa de campo aprofundada, que a marca líder em fraldas descartáveis para a classe A, a americana Kimberly-Clark, iniciou sua estratégia de negócios para se inserir na classe D.

Eduardo Aron, diretor de marketing da empresa, trouxe para sua palestra dentro do 1º Congresso Nacional sobre Mercados Emergentes 2010 o case da Fralda Mágica da Turma da Mônica, um produto inovador e sustentável.

Para ilustrar sua apresentação e explicar como uma empresa de sucesso pode errar quando desconhece seu público alvo, Aron exibiu dois vídeos que foram utilizados na propaganda da Fralda Mágica e que deixaram muito claro, como a empresa teve que rever sua estratégia e sua maneira de dialogar com esse público.

“Num primeiro momento nosso vídeo parecia perfeito, mas tivemos uma reação contrária. Faltava aprofundar e sermos mais didáticos. No segundo, além de contar com uma atriz profissional, que conduziu com maestria todo o texto, tivemos mais atenção com os benefícios e vantagens que o produto traria para aquele consumidor. Além, de aproximá-lo ainda mais com o seu cotidiano”, detalhou Aron.

Os pontos de vendas (PDV) também foram citados como um grande diferencial para fidelizar esse consumidor. Segundo Aron, o treinamento foi fundamental. “Nessa classe o vendedor é quase que um Jesus. Sua palavra realmente tem poder. Se ele diz que o produto é ruim, esqueça, este produto não irá vender. Daí a importância de um treinamento que envolva, vendedor, expositor e seu representante”.

Seguindo este raciocínio ficou claro para o público presente que, pré-disposição para mudar, envolvimento das agências de propaganda na pesquisa deste público e muita atenção na didática das informações - entre outros códigos-, são fundamentais para uma propaganda e um produto alcançar o consumidor da classe D.

O 1º Congresso Nacional sobre Mercados Emergentes 2010 segue assim, com a lógica do novo modelo de mercado brasileiro: dialogar com credibilidade e atenção para um público que está transformando as relações de consumo.

SEJAM BEM VINDOS..FIQUEM A VONTADE

Obrigada pela Visita!!!